quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Não tenhas medo, pois Eu estou aqui

            Há um certo tempo atrás, tive um sonho muito ruim. Sonhei com o ‘inimigo’. Após aquele sonho, tudo o que acontecia ao meu redor era motivo para ter medo: um barulho, a sombra de alguém, as folhas da árvore se mexendo durante a noite. Desconfiava de tudo e todos. Só conseguia dormir com a luz do corredor acesa e, mesmo assim, era preciso fechar os olhos logo ao deitar-me, pois me apavorava com qualquer sombra feita na janela.
            Preocupada, minha mãe não sabia o que fazer. Meus amigos sempre me apoiavam e faziam de tudo para levantar minha auto-estima, mas todo esforço era em vão. Nada conseguia me acalmar. Foi então que alguém, em algum lugar, não agüentou ver todo meu sofrimento e desespero e decidiu por tomar uma atitude.
            Numa sexta à noite, tentando estudar para uma prova, aquele medo reapareceu. Estava, aparentemente, sozinha. Todos já estavam dormindo. Vi uma sombra e entrei em desespero. Lembrei da música que mais me acalmava: Foi por você – Anjos de Resgate. Coloquei, pois, o fone de ouvido. Ainda assim, não me acalmei. Decidi fechar os olhos e algo muito estranho aconteceu. Mesmo com os olhos fechados, conseguia visualizar meu quarto, mas em tom de sépia. Foi quando, então, vi um homem bem alto, usando umas vestes estranhas entrando pela porta de meu quarto. Tinha cabelo cacheado até o ombro. O surpreendente foi que não consegui ver seu rosto, havia um clarão sobre ele. Este homem se aproximou, colocou sua mão em meu ombro e disse “Pra quê ter medo? Não se preocupe, eu estou aqui!”. Alisou meus cabelos, deu um beijo em minha testa e saiu pela porta.
            Abri os olhos e fui atrás, procurei-o e não o achei. Senti meu peito inflar como um balão, meu corpo estava quente e meu coração vibrando como nunca. Me senti tão confortável a partir daquilo. Sentia arder o seu amor em mim. Queria gritar, contar para todo mundo o que havia acontecido. Acordei minha mãe, tentei explicar o que havia acontecido, mas ela não entendia nada do que eu falava, já que eu não parava de chorar.
            Levo comigo até hoje essas palavras. E tenho orgulho em dizer: Cristo me ama!

Carolina Gambati
06/10/2010

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