quarta-feira, 16 de junho de 2010

Recaídas

Tenho me mantido forte durante muito tempo, até que desabei

Não sei como, depois de tanto tempo, tudo isso ainda vem me atormentar

Sinto seu cheiro, sonho contigo, atormento-me ao saber noticias suas

Ao ver-te chegando, meu coração dispara, mas congela-te ao deparar-se com outra ao seu lado

Tão inocente, caio nos abismos da vida, fico perdida na escuridão do sofrimento

Sem ter para onde correr, desabo-me a chorar um mar de lágrimas de sangue, saídas do meu coração

Este coração que um dia estava repleto de amor e hoje se encontra congelado, com medo de se fundir e acabar álgido novamente

Encontro-me viciada em você, querendo intoxicar-me com seu amor

Como nada jamais vivido em minha vida, tenho vontade de gritar, gritar até perder a voz, ou quem sabe até você me ouvir

Estou nervosa, agoniada, querendo que o tempo passe mais rápido

Ou quem sabe fazê-lo voltar e parar no momento em que estava em seus braços

Sentir mais uma vez seu coração bater em sincronia com o meu e acelerar-se quando nossos lábios se enlaçavam num simples e eterno gesto de carinho

Luto contra o desejo do meu coração, contra a vontade de lhe roubar um beijo, contra o anseio de ter você cada vez mais junto de mim

Só queria entender o porque dessa energia transmitida para mim quando você chega e o porque dela ir embora quando a outra chega perto

Seria você a minha fonte de energia e ela o disjuntor que me desliga desta fonte ?


Carolina Gambati Teixeira

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