sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um Pombo na Linha do Céu


Livre-me de suas mãos, deixe-me voar para terras distantes sobre campos verdes, árvores e montanhas. Flores e fontes em florestas, para casa, pelas veredas da via celeste. Pois este quarto escuro e solitário reflete uma sombra cheia de tristeza e meus olhos são espelhos do mundo exterior, pensando no caminho que o vento pode virar o jogo. E essas sombras mudam de púrpura em cinza. Para um simples pombo, sonhando com a abertura, esperando pelo dia em que ele possa abrir suas asas e voar novamente. Voe para longe, pombo, voe em direção aos sonhos que você há muito deixou para trás. Deixe-me apenas acordar de manhã com o aroma do feno recém-cortado, para sorrir e chorar, para viver e morrer no brilho do meu dia. Eu quero ouvir os sinos ressonantes de igrejas distantes cantarem, mas, acima de tudo, por favor me livre desta dolorosa argola de metal e abra esta gaiola voltada para o Sol. Para um simples pombo sonhando com a abertura, esperando pelo dia em que ele possa abrir suas asas e voar novamente. Voe para longe, pombo, voe em direção aos sonhos que você há muito deixou para trás. Voe para longe, pombo, voe em direção aos sonhos que você há muito deixou para trás.

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